GLOBAL ART XXI - BY MIGUEL WESTERBERG

quinta-feira, 6 de março de 2008

DESENHO A CARVÃO - SÃO PAULO

MOÇO LENDO
MIGUEL WESTERBERG
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O Homem e o Mar
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Homem liberto, hás de estar sempre aos pés do mar!
O mar é o teu espelho; a tua alma aprecias
No infinito ir e vir de suas ondas frias,
E nem teu ser é menos acre ao se abismar.
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Apraz-te mergulhar bem fundo em tua imagem;
Em teus braços a estreitas, e teu coração
Às vezes se distrai na própria pulsação
Ao rumo dessa queixa indômita e selvagem
Sois todos esses deuses turvos e discretos:
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Homem, ninguém sondou-te as furnas mais estranhas;
Ó mar, ninguém tocou-te as íntimas entranhas,
Tão ciumento que sois de vossos bens secretos!
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E todavia há séculos inumeráveis
Combateis sem nenhum remorso nem piedade,
Tamanho amor guardais à morte e à crueldade,
Ó meus irmãos, ó gladiadores implácaveis!
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Baudelaire

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