GLOBAL ART XXI - BY MIGUEL WESTERBERG

quarta-feira, 26 de março de 2008

Get your own Slide Show!

CLÃ WESTERBERG

Tribos, o jogo online gratuito

quinta-feira, 20 de março de 2008

Dear Comrade.... How are you today?

Desenho de Miguel Westerberg
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I RECIVED THIS LETTER
AND GOT SURPRISED TO DISCOVER I'M A MILLIONARE
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How are you today? Hope all is well. Please be informed that I have decided to contact you for a fund transfer transaction worth the sum of US$10,500,000.00 into your reliable bank account as the sole NEXT-OF-KIN to the foreign deceased customer of our bank (an International Billionaire French Businessman) who was killed with his entire family by PLANE-CRASH in Central England atmost 3 years ago. Since his death occured, no body have show up as his next of kin for the claim because the account is untraceable.

Upon the investigation I carried out from his records, I found out that his foreign business consultant who would have trace the account died earlier before the deceased. Therefore, this is a confidential and sealed deal. For the success of this transaction, you should apply and act as the only existing NEXT-OF-KIN to the deceased which our bank will replace the deceased account information through proper documentation in position of your own account.

This transaction is risk-free, it will never harm your good reputation in your society because no one can trace the account, and on the instant of the transfer of the fund into your account, the chapter of this transaction will be closed entirely. Note that in a business of this nature, the bank dont want to know your difference between the deceased country, religion or believe because our bank inheritance law is against that. So, it is a preference for us achieve this success without any problem.

Please note down that once the fund get transferred into your account, you will take 39% of the total sum while the rest will be for me as I will arrange myself down to your country to take my share. I need your urgent response and include your private telephone/mobile numbers for easy communication.Please reply if you can be trusted in this deal.

Thanks, Mr. ADAMA MÁ FÉ. rsrsrs

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Seja bem vindo aos Jogos Olímpicos de Pequim


Nestes últimos dias tenho visto na televisão algo que me escandaliza: referente à forma como povo do Tibet esta ser tratada por China. Que todo mundo sabe de longa data que o Tibet deveria ser um país livre, também não é novidade nenhuma, mas o que mais me intriga é forma como resto do mundo ignora este povo. Sera que é devido à China ser uma superpotência?... NAU!!!!
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Os Estados Unidos e o Reino unido invadiram o Iraque. Dizendo eles, que era por motivo que por lá havia uma ditadura e que o povo iraquiano estava a sofrer. Contudo eu faço uma pergunta: porque será que os Americanos ou outro País qualquer não invade o Tibet para libertar esse povo da tirania dos Chineses? Ou porque será que não há nenhum país que se atreve vir a publico para fazer um boicote contra as olimpíadas de Pequim?
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É simples quanto à primeira pergunta: os americanos são doidos, mas não tanto, ou melhor, hipócritas. Eles só invadem quem sabe que pode mesmo invadir. E que todo mundo sabe que eles foram para o Iraque, não para libertar o povo da dita tirania, mas sim para roubar o petróleo do Iraque.
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A segunda pergunta que é referente ao boicote das olimpíadas de Pequim, também é fácil: atualmente as nações estão mais interessadas em ganhar medalhas nem que seja de bronze, do que protestar contra a tirania dos Chineses contra o povo Tibetano. ENFIM!.. ESTE É O MUNDO QUE MERECE MOS.
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Uma coisa é certa: o sofrimento deles não nos atingem e podemos dizer também que não devemos interferir na política de certos país... afinal o chineses são um povo generoso, ate que é verdade, mas todo mundo esquece que os grandes senhores que governam a china são também eles ditadores. Americanos, heiiiii!!!!!! A China esta sobre uma ditadura, porque será que não vão lá libertar o chineses e aproveitem libertem o povo tibetano. Esta é a pura e cruel realidade do nosso mundo. Ninguém quer fazer nada por os outros, por isso liguem a televisão e seja bem vindo aos Jogos Olímpicos de Pequim.

Miguel westerberg – São Paulo – Brasil 2008-03-20

quarta-feira, 19 de março de 2008

Café a Brasileira - Chiado



PINTURA DE MIGUEL WESTERBERG
CAFÉ A BRASILEIRA ANO 2003
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A Brasileira, no Chiado
Cyberjornal o seu jornal online - Quarta, 19 Março 2008
©
Cyberjornal o seu jornal online

quarta-feira, 12 de março de 2008

MIGUEL WESTERBERG

CAPA DO LIVRO: ALMA DE UM ARTISTA
MIGUEL WESTERBERG

ALMA DE UM ARTISTA - MIGUEL WESTERBERG


Noite de sábado, o meu apartamento se encontra às escuras. Observo o cigarro a queimar lentamente sobre um velho cinzeiro que fora me oferecido há muito tempo. A luz que vem de fora cria sombras sobre os moveis. Olho demoradamente para elas e começo a relembrar partes da minha vida, como quando era apenas uma criança. As horas passam e sinto-me sufocado entre quatro paredes! Hoje ninguém me telefonou e o relógio de século badala um tic-tac repetitivo que me deixa impaciente. Um dia destes deixo de dar corda nele e acabo com essa agonia. Olho pela janela e sinto que a cidade esta calma, apenas alguns carros rompem o silencio ao percorrerem a calada da noite com seus viajantes despreocupados, fato que me leva a pensar no ocorrido do dia anterior: naquele mesmo cruzamento, uma jovem de apenas 19 anos fora assassinada a sangue frio por dois indivíduos, que a tentaram assaltar! Meu Deus, apenas 19 anos, com uma vida pela frente, mas tivera um fim tão trágico e chocante! Aquela imagem ficou na mente durante todo dia, por isso posso lembrar de cada detalhe com clareza, mas isso não me ajuda em nada agora, pois preciso dormir e por mais que tente não consigo. Acho que preciso pensar em alguma coisa positiva, para aquietar o meu espírito que se encontra tão perturbado e abatido.

Por vezes incontáveis tento idealizar algo novo, sem muito sucesso, pois tudo já está demasiado gasto. Minha mente fica turva, cada um de meus pensamentos se desmaterializa e volta ao pó. Podia começar a pintar uma tela ou a escrever um poema, mas as únicas cores que consigo pegar é vermelho e negro. Quanto às palavras, mantenho me suspenso entre a dor e o sofrimento, que não desejo a ninguém. Por que será que a morte permanece como um enigma sem solução? Afinal de contas, o que fazemos aqui ou qual o fundamento da existência? Tenho consciência que todo mundo se interroga sobre estas questões, mas não obtém nenhuma resposta plausível; outros simplesmente silenciam suas perturbações e se refugiam em um submundo de noitadas proporcionadas pelo entorpecimento do álcool e do sexo casual. À noite se vestem de prado e durante o dia escondem as cicatrizes que tanto os perturbam. Um sorriso forjado é o quanto basta para enganar a morte, ademais são simplesmente palavras sobrepostas umas as outras, que ninguém mais as compreendem.

Já passa das duas da manha. O tempo permanece completamente estático, de forma que uma monotonia entediante invade o meu apartamento sem nem mesmo me pedir licença; na tentativa inútil de afastá-la eu tento ler um pouco, mas não tenho nenhum animo! Olho para a parede e vejo uma tela que pintei na semana passada. Uma pequena aquarela que retrata um recanto de Lisboa muito visitado por turistas: o elétrico com destino ao bairro da Graça, que da característica típica a cidade. A pintura ficou bem expressiva, então refleti um pouco e deduzi que poderia obter uns bons trocados com a venda do quadro. Esperei o dia clarear, levantei-me com os primeiros raios de sol e me dirigi a Rua Augusta, a fim de conseguir um bom preço por ela. Fiquei horas para vendê-la, mas por fim um turista inglês a comprou por trinta euros. Confesso que a minha sorte é que eu posso contar com a ajuda de uma das minhas irmãs. É ela que paga a renda do meu apartamento, caso contrário, há muito que estaria a viver na rua. Estou que nem Van Gogh, que por anos viveu apenas com a ajuda que seu irmão Theo lhe dava. Já percebi que não consigo viver em comunidade, sou demasiado solitário, lunático e um sonhador incorrigível. Nada mais do que isso! Com os trinta euros fui ao supermercado e comprei alguns mantimentos essenciais, mas pouco mais do que sete euros me sobraram. A vida dos artistas é assim mesmo; desculpem o plural, somos uns mal-afortunados, sempre vestidos de negro, mas as pessoas ignoram o porquê de nos vestirmos assim. Muitos pensam que é para estar de acordo com os padrões estabelecidos pela moda, mas a verdade é bem diferente, afinal de contas, geralmente, as aparências enganam. Na realidade nós não temos é como comprar roupas novas. O preto serve-nos de uma espécie de camuflagem, então não é de se admirar que minhas camisas, calças, casacos e as meias sejam pretas. Só o meu cabelo é que é loiro com algumas mexas brancas para contrastar, de resto tudo em mim é triste.
Enfim, quarenta e sete anos e a vida pouco ou nada me deu. Trabalhei como guarda noturno numa escola do ministério da educação por aproximadamente 10 anos, mas quando pedi demissão, não recebi coisa alguma. Ainda bem que fiz grandes amizades e assim não foram dez anos de completa inutilidade. Refletindo um pouco melhor agora, acho que fiz mal, pois tomei uma decisão um tanto precipitada, mas, vindo de mim, já era de se esperar, afinal nunca paro para pensar e por isso, quando caio na real, já é tarde demais. Muitos chamam isso de inconseqüência, mas eu acho que é viver o momento mesmo que tenha conseqüências desastrosas. A única vantagem de não se trabalhar para o estado é que nos tornamos livres de um infeliz ordenado, isto é, se formos apenas funcionários de segunda categoria, como era o meu caso.

Quando paro para pensar o que realmente queria da vida, chego à conclusão de que queria mesmo era ser rico e estou ciente de que não sou o único a pensar assim. Excentricidade minha? Que seja então, melhor do que ser hipócrita e não expor meus verdadeiros desejos e sentimentos, devido a dogmas religiosos ou paradigmas estabelecidos por grupos sociais para beneficio próprio como: “só os pobres herdarão o reino dos céus”. Isso me causa risos. Que ponto de doutrina é este que ainda rende milhões as igrejas? Tenho plena consciência que esse sonho me é excêntrico, mas o que posso fazer, já que aqui estou e a minha vida não passa disto? Entrego-me todas as noites aos meus devaneios e viajo até casa dos meus sonhos, numa colina com vista para mar e imagino uma leve brisa de maresia a envolver meu rosto. Sonhos... Nada mais que sonhos! Lembro-me que quando era adolescente, o sonho de ser um artista plástico reconhecido era tudo que eu tinha e durante anos a fio eu lutei constantemente, sem nenhum sucesso. Nenhuma porta se abriu e a minha face já se encontrava desfigurada de tanta frustração. Sempre que entrava numa galeria de arte, a resposta era sempre a mesma: infelizmente já temos artistas suficientes, ou quem sabe, volte daqui a uns anos, pode ser que venhamos a precisar.






Nem se quer interessavam-se para ver uma de minhas telas. Imagine só o que é ouvir isto durante uma vida inteira! E o pior, sempre as mesmas coisas, as mesmas palavras, os mesmos sorrisos e olhares disfarçados. Parece que existe uma associação, aonde se reúnem para ensaiar e decidir as desculpas esfarrapadas que nos dirão. Esquecem do senso de percepção que obtemos com as lastimáveis experiências vividas. É inacreditável, que sempre que falo com eles, me venham com a mesma conversa mole.
Como não os consegui convencer, fui tentar em outros lugares apropriados, mas que não deixam de ser freqüentados por pessoas sensíveis, que admiram a arte real, não pelas sugestões dela extraídas, mas sim pela inspiração dos artistas e não por um protótipo pré-definido pelos proprietários de galerias. A maioria pensa que pintar é copiar uma tendência, mas acho que a isso se da o nome de fotografia, não? Entre os novos lugares que escolhi para expor as minhas telas, estão os famosos cafés, livrarias e restaurantes. Por falar em restaurantes, uma vez deixei algumas telas expostas em um que fica na baixa, na Rua Garret, mas tive um tremendo azar. O proprietário faliu e dez das minhas telas, dentro de uma linha cubista, ficaram lá retidas. Tentei retira-las, mas infelizmente todos os bens que havia dentro do restaurante ficaram na mão de um banco para irem a leilão, então desisti e nunca mais lá voltei.
Tive melhor sorte numa livraria, que fica na baixa – chiado em Lisboa, precisamente na Calçada do Sacramento que vai dar no Largo do Carmo. Andava procurando livros de segunda mão, já que são bem mais baratos de preferência os relacionados à literatura francesa. Dias antes tinha estado na Calçada do Conde e por lá comprei vários livros, A saga dos Rougon-Macquart de Emile Zola e um outro de Balzac, mas a leitura de Balzac era demasiadamente romântica e não fazia o meu gênero. Sendo assim aproveitei a oportunidade de ali estar para adquirir algumas autobiografias. Confesso que elas me fascinam de tal forma que não consigo resisti-las. Assim sai de lá com tantos livros que mal conseguia carrega-los, mas foi ao passar pela Calçada do Sacramento que algo inesperado aconteceu: quando pela primeira vez lá entrei, a minha intenção era de poder adquirir alguns livros por um preço módico, porém reparei que o proprietário tinha paixão por pintura e escultura. Em cada recanto do estabelecimento havia pinturas e esculturas de grande beleza, pertencente a vários artistas com renome e outros anônimos. O proprietário deveria ter os seus setenta anos, era calvo, de baixa estatura, vestia se bem e no olhar percebia-se certa perspicácia, bem típico português. Enquanto dava uma olhada pelas estantes e pinturas, ele gentilmente pegou os meus livros e os colocou sobre o seu balcão. Diante de tamanha delicadeza eu senti necessidade de retribuir. Elogiei seu espaço comercial e disse-lhe que era artistas plástico. Desse primeiro contato brotou uma grande amizade e para resumir já está com bem mais de sete anos que expus meu trabalho por lá. Sua sabedoria me cativou de tal modo que era difícil evitar uma passagem por lá de vez em quando. Ele me lembrava muito o Ambroise Vollard, um grande marchand que contribuiu com o desenvolvimento da arte ao lançar vários artistas como Picasso, Van Gogh, Paul Cézanne, Rouault e Gauguin.
Mesmo quando estava na América Latina trocávamos idéias por correspondência e no meu ultimo regresso a Lisboa, trouxe comigo algumas telas, que ele expusera pela ultima vez no seu espaço comercial, pois a sua idade avançada o impediu de prosseguir com as suas atividades comerciais, assim também como o desenvolvimento dos meios de comunicação, que se tornou um grande empecilho para os pequenos comerciantes, afetando assim todos eles. Com o grande avanço da tecnologia as pessoas passaram a ler menos e buscar mais entretenimento na internet; o globalismo se propagou e juntamente com ele, houve um grande aumento no comercio chinês, que devido aos seus preços baixos, atraiam mais pessoas, mesmo com baixa qualidade das suas mercadorias.
Hoje em dia a galeria do meu velho amigo se encontra fechada o letreiro escrito por cima da porta: “Livraria e Galeria Campelo” balança ao ritmo do vento, se desgastando juntamente com a cidade. Nunca mais soube nada a cerca dele e partir daí a minha vida entrou em declínio, devido à falta que a sua força e motivação me traziam. Assim como eu, muitos outros artistas sofreram, pois ele era um porto seguro para nós.



Atualmente ando sempre com pouco dinheiro que mal dá para comprar um pincel, todos eles estão velhos e gastos. As minhas tintas se acabaram; só me restou uma pequena caixa de aquarelas e foi assim que tudo começou: fiz a minha primeira exposição de pintura na Vila Beatriz na cidade de Ermesinde conselho de Valongo. Aquela exposição me fez acreditar numa possível carreira artística, pois das vinte telas expostas vendi 12. Nada mau para um pintor desconhecido, que chegou a ter no jornal da região uma pequena coluna em sua homenagem. Os anos passaram e pouco ou nada mudou. A minha vida se resume a isto! O resto dela são apenas memórias sobrepostas umas as outras. Às vezes tento idealizar novos vôos na esperança de que a vida me possa sorrir, mas o desânimo em mim é constante! Por mais que tente, nada de extraordinário acontece, mas em comparação com os demais homens, ate que não posso me queixar da vida, pois já estive em vários países, falo quatro idiomas, embora não saiba escreve-los. Na minha terra dizem que sou um analfabeto; em outro país, um intelectual. Na América do Sul, por exemplo, o indivíduo que fala mais de um idioma é levado muito em conta; ao contrário da Europa, que já não vê encanto em mais nada. A conclusão disto tudo é na verdade um disparate, mas o ser humano é mesmo assim e quanto a isso nada tenho a declarar, já que cada cultura tem o seu modo de julgar. Em Portugal tal como no resto do mundo as pessoas têm o grande defeito de imortalizar seus artistas somente após sua morte, ou então se o artista sai do país e faz carreira lá fora, em uma terra longínqua. Isso tudo é uma grande ironia. É necessário povoar terras estranhas para poder torna se, aos olhos de todo mundo, um herói nacional. Surgem então as festas, homenagens, condecorações e com um pouco de sorte o artista torna se embaixador das nações unidas, recebendo, da noite para o dia, seu primeiro título.
Recordo-me também, que noutros tempos quando era bastante religioso, sempre que viajava uma multidão de irmãos vinham se despedir e ao meu regresso, faziam festinhas de boas vindas, mas tudo mudou! Após o meu divorcio, no momento em que mais precisei de um ombro amigo, um por um virou-me as costas, porque eu não me encaixava mais nos seus padrões sociais. Foi como se eu tivesse uma doença contagiosa, fato que me fez parar e repensar sobre valores pré-estabelecidos e por mais que repense não consigo encontrar uma resposta para certos comportamentos; o que me leva a um estado de constante questionamento. Não consigo enxergar o que foi que deu errado ou a exatidão do ponto em que falhei, coisas da vida! Acho que é melhor mudar de assunto, pois todas essas interrogações sem respostas me levam a um estágio impreciso de insatisfação e, mais uma vez, de total desanimo. Ah, mas antes de iniciar meu próximo raciocínio, acho importante ressaltar que um, apenas um único irmão permaneceu sempre ao meu lado. Um alguém vindo de terras estranhas em busca de algo que lhe faltava e veio para Portugal tentar uma vida melhor e vivia na linha de Sintra para os lados do Cacem, juntamente com um grupo de brasileiros. A maioria deles clandestinos, mas que aos poucos conseguiram se legalizasse, devido a acordos entre as duas nações. Ele trabalhava no açougue do Carrefour. Era um moço humilde e de boa índole, talvez por ser temente a Deus e raramente perder um culto. Sempre que podia ele acompanhava a mocidade para congregarem em outras cidades ou vilas portuguesas. Acompanhei todo seu progresso espiritual e juntos enfrentamos as adversidades da vida; éramos praticamente inseparáveis e nos reuníamos por horas a fio, a conversar sobre a obra de Deus. Ele permaneceu aqui por dez anos e por fim voltou para o Brasil, casou com uma bela jovem descendente de Japonês, abriu um negócio bem lucrativo e esta à espera do seu primeiro filho. Às vezes falo com ele por MSN ou telefone e fico a pensar o quanto sofreu, mas mesmo assim ele tem uma disposição invejável para enfrentar as adversidades impostas pela vida. Será que algum dia vou conseguir ter força, para fazer frente a tudo que me acontece? Nós homens no processo de crescimento, somos educados para sermos fortes, indissolúveis e por esse mesmo motivo passamos a esconder ou mascarar a nossa verdadeira identidade. Desfiguramos nossas emoções ao forjar uma atitude falsa e irreal, sufocando as lagrimas que teimam em fluir. Nós homens somos feitos de uma massa imaleável, seguindo padrões impostos por uma sociedade corruptamente formada. Durante toda a nossa vida escondemos a nossa verdadeira identidade, mostrando ao mundo um lado inexistente, que seja aceito. Ainda vivemos numa era que a palavra tabu esta sempre evidencia nas nossas vidas. Não podemos ser nós mesmos, nem podemos dizer livremente o que pensamos, um homem tem que manter a sua postura, ser macho, ser bruto, ser juiz mesmo que tenha que julgar sem causa. Pobre do homem que escreve um poema, que canta ou dança numa praça. É crime ter sentimentos e expressa-los em público, pois podemos ser tachados de loucos. Se isso serve de consolo, com o tempo que perdemos na tentativa de sermos quem não somos, aprendemos a perceber que o orgulho e os preconceitos nada mais são do que ignorância em não saber lidar com o desconhecido; aprendemos que, apesar das diferenças, somos constituídos da mesma matéria orgânica, o que nos torna IGUAIS!

Por falar em tabus, comportamento e sentimentos reprimidos, antigamente era comum um indivíduo casar-se com uma jovem de menos de 17 anos, mas hoje em dia se tal acontece é caracterizado de pedófilo. Mais uma vez nos deparamos com padrões sociais pré-estabelecidos, embora todo mundo seja consciente da atração de uma jovem por indivíduos mais velhos ou vice-versa. Sempre foi assim na historia da humanidade e sempre será. Quando dizem que estamos a evoluir, não duvido, mas existem tantas coisas inexplicáveis e retrógradas impostas por uma sociedade que vejo essa evolução de forma unilateral e um tanto inatingível. Acredito num comum acordo entre ambos, no amor ou ate mesmo numa paixão casual, mesmo que tais relações venham a esfriar com o tempo. O grande perigo de tentar forçadamente a nos encaixar nesses padrões, é a frustração de ver sua vida se desmoronar bem diante dos seus olhos, pois neste presente momento, certamente, há milhares de casais a divorciarem-se. Então, para quê tanto murmúrio? Ou porque será que nos deixamos levar por tais imposições? Tabus e nada mais que tabus imposto por aqueles que se julgam capazes de ir alem de seus limites. Desculpem-me o plural no masculino, mas aonde nos leva tudo isto? Será que nós homens, verdadeiramente, aparentamos ser o que somos? Durante toda a minha adolescência vivi num colégio católico, cheio de regras e tal como as regras, mais uma vez, os malditos tabus. Tínhamos hora para tudo: dormir, acordar, comer, brincar, trabalhar e dai por adiante. No que diz respeito à sexualidade, é simples: ela não “existia” e devido a sua “inexistência”, por ser considerada uma necessidade primordial, muitos jovens buscaram na homossexualidade a satisfação das suas necessidades; outros se desenvolveram recatado. Atualmente, parte desses jovens são pais de família, com bons empregos e boas esposas que jamais suspeitaram que o homem que com que ela se deita, uma vez teve possíveis afinidades. Pela experiência que tive no colégio fiquei consciente que 60 por cento dos homens tem essa tendência, devido ao desejo reprimido, mas eles seguem o caminho que dizem ser o que leva a tão mencionada salvação. Tememos a reação do mundo inteiro, escondemos atrás de leis e ordens que nos sufocam. Queremos liberdade, mas tememos anarquia, de forma que acabamos por aceitar os padrões impostos por aqueles que estão acima de nós. Todas as leis existentes têm um só fim: dominar. Quem se afasta da lei, imediatamente é excluído da sociedade. Por causa disso, entregamo-nos de corpo e alma a religião ou a política, embora saibamos que qualquer crente que preze a sua doutrina, jamais envereda por outros cominhos. Tudo que é demasiado racional, anula a existência divina, dando sempre prioridade a lei do homem, a qual o céu e o inferno não fazem parte. Até os anos setenta os sacerdotes apregoavam nas igrejas as barbaridades vindas do lesto, afim de que o seu rebanho não se desviasse das suas veredas. Que saudade tenho, de quando os “lobos” comiam as criançinhas. Esta, é a mentalidade dos que deturpam a própria lei para seu beneficio, caracterizando as mentes mais frágeis, porem o ser humano ama a ordem e sem ela fica a deriva, por esse motivo não nos importamos em ter que pagar impostos, sermos escravos dos que estão acima de nós, mas ate quando? Já que um dos países que se diz ser o mais democrático de todos é na verdade uma farsa. A finalidade da democracia consiste em liberdade de opção, respeitando a opinião de cada um e vivendo em harmonia, entretanto, se alguém preferir uma outra ideologia contraria a deles, imediatamente é perseguido. Tudo isso acaba por se tornar um paradoxo de contradições, mas quem sou eu para por em causa essa mesma democracia? Entre os milhões, que conseguem visualizar essa dissonância, eu serei a que menus se destaca, pois o que eu penso pouca ou nenhuma importância tem. Não sou político, nem clérigo, sou apenas um cidadão a deriva, que povoa essa nossa aldeia global e na minha concepção de artista, a palavra vida e a palavra morte simbolizam apenas uma linha reta, ou na menor das hipóteses, uma linha totalmente curva, onde muitos se perdem, ao possuírem visão delimitada do que há a sua frente. Tudo quanto tenho que executar eu o faço da melhor forma possível, para ter como me aproximar da perfeição, mesmo que seja nas mínimas coisas. Isso me ajuda a conhecer os meus limites. A vida para mim consiste em atos, mesmo que sejam pequenos e singelos, afinal de contas tudo o que se cultiva e se semeia no aqui e agora, são os frutos do que vamos colher no futuro. Se observarmos os índios, perceberemos que eles têm as suas próprias leis, que nos são totalmente estranhas, mas que fazem todo sentido para forma de organização tribal em que estão habituados a viver e pela sua filosofia de vida eles são capazes de viver, matar e ate mesmo morrer, sem que um desses atos sejam denominados “crime”.

Por falar em índios. Faz alguns anos que estive no Paraguai na cidade de Asuncion, no qual convivi com vários residentes, dentre eles alguns índios guaranis. Quando estava por lá senti que no ar havia desconfiança, insatisfação e uma ditadura disfarçada de democracia. Os antigos ditadores se vestem hoje de cordeiros, o país está totalmente estático, parado no tempo e ninguém há entre eles que eleve a voz. Não há trabalho, nem recursos e os edifícios de grande beleza estão degradados, só a repartição publica é que sobrevive, o demais é uma cidade em decadência, onde um povo amável vive entre o fio da navalha. Este foi o povo que tentou ao longo da sua historia erguer-se, mas devido à cobiça, acabaram por ser saqueados. O Paraguai é o exemplo de um entre tantos países que se diz democrático, afinal contas a democracia esta na moda, mas é lamentável que aqueles que têm poder nada façam. A verdade é que tudo aquilo que vemos e não o que esta escondida por trás de uma camuflagem histórica, então fale-me da verdade, para que eu seja verdadeiro, fale-me do que é racional e eu educarei os que anseiam por ser educados. A doutrina dos homens consiste em amar e ser amado. Mas ate que ponto o amor é verdadeiro? Se oscilarmos entre dar e receber, o amor nada mais é do que um enigma que devasta por dentro. Amamos porque não queremos estar sós, mas a grande maioria dos homens fabrica o seu próprio amor, mediante as suas aspirações.

Um capricho insaciável e devorador é tudo o que os envolve na sua mas pura e visível essência humana. Há um privilegio em ser rico e se alguém diz que a riqueza não trás felicidade, não se iluda, a riqueza não é felicidade, mas sim a rampa de partida para muitas felicidades. Se nos contentarmos com um miserável ordenado, que tipo de homens nós somos, senão hipócritas? Todo mundo anseia por ser rico, ou possuir algumas riquezas, ter uma bela mansão, dois ou três carros numa garagem bem espaçosa, viajar por lugares exóticos, vestir-se bem, comer do bom e do melhor, fazer academia ou ate mesmo uma cirurgia estética e por fim, ter sempre dinheiro no bolso para realizar os seus desejos e caprichos. Ao longo da minha vida deparei-me com pessoas que afirmaram categoricamente que o dinheiro não trazia felicidade, algumas delas viviam em decadência, fazendo me recordar uma musica Brasileira, cuja letra diz o seguinte: “Tu queres sair do gueto, mas o gueto esta dentro de ti”. Tudo isto não é mais do que o produto, do meio e do espaço que se vive, a cultura e falta dela leva qualquer individuo a acomodar-se com a sua miséria interior. Como é possível que o ser humano desista tão facilmente dos seus sonhos? Culpo em parte a mídia, que nos bombardeia constantemente com as ideologias capitalistas da classe dominante e com uma diversidade de fictismo tão imensurável, que causa inveja a muitos cineastas. Cada um de nós tornou se escravo do próprio sistema de modo que à imagem que julgamos ser nossa, pertence aos nossos opressores. Ignoramos e não temos coragem de debater tais assuntos, talvez dentro de vinte ou trinta anos o ocidente desabe da noite para o dia, mas numa sociedade materialista ou consumista, o que importa é o conforto. Os dias passam assim a correr e quando paramos para pensar um pouco sobre a vida, acabamos por dizer as mesmo às coisas. Que legado deixo para meus filhos e netos? Essa é uma questão que sempre embala o meu sono turbulento. Fecho os olhos e tento adormecer em meio ao silencio da noite, que geralmente tranqüiliza o meu espírito inquieto e me leva por dentre as veredas da solidão em direção a casa dos meus sonhos, ate que a luz de um novo e almejado dia se rompa sobre meu quarto e me desperte para prosseguir a minha caminhada.


MIGUEL WESTERBERG
ALMA DE UM ARTISTA

terça-feira, 11 de março de 2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

CADERNO DE DESENHOS: MIGUEL WESTERBERG

NOTAS DO SUBTERÂNEO 33
MIGUEL WESTERBERG
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CADERNO DE APONTAMENTOS COM DESENHOS

A BAILARINA
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AUTO RETRATO ANO 2003
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JOÃO B. WESTERBERG - FILHO
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APONTAMENTOS
MIGUEL WESTERBERG

CADERNO DE APONTAMENTOS COM DESENHOS





MIGUEL WESTERBERG
APONTAMENTOS

Written by Miguel Westerberg - GLOBAL ART

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Nowadays the world of the arts, including a big part of artists, feel like if they were out of the society. It was for this reason that, along with a small group of friends and artists, I decided to create an inclusive movement that would insert us into the “patterns” of society, at the same time that we are bringing them to our world…By the way, who is accepting who? I chose the name GLOBALISTS because, first of all, it’s a new word which has becoming, little by little, part of everybody’s vocabulary and this word alone embody, unify and, consequently, has the power of inclusion.The Globalist Artists have a great mission that has just started: they are in charge of taking a unification message to the whole word through their paintings and related subjects.Inside this blog you will find a great variety of different styles, what also brings a real sense to the world GLOBALIST. We don’t exclude any kind of art, no matter if it is a Naïf, Surrealist, Classical, Cubism, Abstract or any other one. Our purpose is to continue the ART BY ART, no matter what happen.I believe this movement will be hardly criticized sooner or later, because it is not common to join many style in this dispersive and selfish world that is always labeling and separating everything they judge GOOD or BAD, but for us, there aren’t good or bad artists , but only bad observers!!.
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Written by Miguel Westerberg
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My Art Gallery
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Miguel Westerberg - Portuguese artist who lives in São Paulo – Brazil and whose paintings have the experience and maturity of a 34-year-old painter. His coming to Brazil gave him the inspiration to create the movement “THE GLOBALIST ARTISTS”, within the purpose of rescuing the ignored and, sometimes, forgotten art by the mass communications.In his acrylic paintings he found a way to portray the inequalities of the world around him, as well as expose the occultism, abstract and mysticism existent in the particularity of each being. No matter if it is a simple object, landscape or a painted person, cause his real intention is define what seams undefined and get an explication for what is said to be incomprehensible for the most of the people. It’s relatively noticeable a mixture of paradoxes and metamorphoses in his masterpieces.
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Enjoy his paitings!

sábado, 8 de março de 2008

DESENHO A CARVÃO - SÃO PAULO

MOÇA - 2008
MIGUEL WESTERBERG
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Minha Boêmia
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Lá ia eu, de mãos nos bolsos descosidos;
Meu paletó também tornava-se ideal;
Sob o céu, Musa, eu fui teu súdito leal,
Puxa vida! a sonhar amores destemidos!
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O meu único par de calças tinha furos.
- Pequeno Polegar do sonho ao meu redor
Rimas espalho. Albergo-me à Ursa Maior.
- Os meus astros no céu rangem frêmitos puros.
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Sentado, eu os ouvia, à beira do caminho,
Nas noites de setembro, onde senti qual vinho
O orvalho a rorejar-me a fronte em comoção;
Onde, rimando em meio a imensidões fantásticas,
Eu tomava, qual lira, as botinas elásticas
E tangia um dos pés junto ao meu coração!
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Arthur Rimbaud

quinta-feira, 6 de março de 2008

DESENHO A CARVÃO - SÃO PAULO

MÃE E FILHO EM SP
MIGUEL WESTERBERG
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TRISTEZAS DA LUA
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Divaga em meio à noite a lua preguiçosa;
Como uma bela, entre coxins e devaneios,
Que afaga com a mão discreta e vaporosa,
Antes de adormecer, o contorno dos seios.
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No dorso de cetim das tenras avalanchas,
Morrendo, ela se entrega a longos estertores,
E os olhos vai pousando sobre as níveas manchas
Que no azul desabrocham como estranhas flores.
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Se às vezes neste globo, ébria de ócio e prazer,
Deixa ela uma furtiva lágrima escorrer,
Um poeta caridoso, ao sono pouco afeito,
No côncavo das mãos toma essa gota rala,
De irisados reflexos como um grão de opala,
E bem longe do sol a acolhe no seu peito.
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Charles Baudelaire

DESENHO A CARVÃO - SÃO PAULO

MOÇO LENDO
MIGUEL WESTERBERG
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O Homem e o Mar
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Homem liberto, hás de estar sempre aos pés do mar!
O mar é o teu espelho; a tua alma aprecias
No infinito ir e vir de suas ondas frias,
E nem teu ser é menos acre ao se abismar.
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Apraz-te mergulhar bem fundo em tua imagem;
Em teus braços a estreitas, e teu coração
Às vezes se distrai na própria pulsação
Ao rumo dessa queixa indômita e selvagem
Sois todos esses deuses turvos e discretos:
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Homem, ninguém sondou-te as furnas mais estranhas;
Ó mar, ninguém tocou-te as íntimas entranhas,
Tão ciumento que sois de vossos bens secretos!
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E todavia há séculos inumeráveis
Combateis sem nenhum remorso nem piedade,
Tamanho amor guardais à morte e à crueldade,
Ó meus irmãos, ó gladiadores implácaveis!
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Baudelaire

DESENHO A CARVÃO - SÃO PAULO

RUA SÃO JOÃO - CENTRO DE SP
MIGUEL WESTERBERG
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O ABISMO
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Pascal em si tinha um abismo se movendo.
- Ai, tudo é abismo! - sonho, ação, desejo intenso,
Palavra! E sobre mim, num calafrio, eu penso
Sentir do Medo o vento às vezes se estendendo.
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Em volta, no alto, embaixo, a profundeza, o denso
Silêncio, a tumba, o espaço cativante e horrendo...
Em minhas noites, Deus, o sábio dedo erguendo,
Desenha um pesadelo multiforme e imenso.
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Tenho medo do sono, o túnel que me esconde,
Cheio de vago horror, levando não sei aonde;
Do infinito, à janela, eu gozo os cruéis prazeres,
E meu espírito, ébrio afeito ao desvario,
Ao nada inveja a insensibilidade e o frio.
- Ah, não sair jamais dos Números e Seres!
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Baudelaire

Quando é que os anjos deixam de se assemelhar?


MIGUEL WESTERBERG
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O armário
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É um armário largo, esculpido; o carvalho escuro,
Muito antigo, tem este ar bondoso das velhas gentes;
O armário está aberto, e sua sombra derrama obscuro
Como onda de vinho velho, perfumes atraentes;
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Está cheio, é uma bagunça de velhas velharias,
De roupas cheirosas e amarelas, de trapos...
De mulheres ou crianças, desbotadas rendarias
Chales da avó pintados com grifos, guardanapos;
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— É nele que se acharia medalhões, cachos
De cabelos brancos ou loiros, retratos, penachos
Cujo perfume se mistura a perfumes de frutas.
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— Ó armário dos velhos tempos, tu sabes de muitas lutas,
E querias contar histórias, e ranges feito gavetas
Quando se abrem lentamente tuas grandes portas pretas.
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Arthur Rimbaud

DESENHO A CARVÃO - SÃO PAULO



POVO DE S. PAULO 2008
MIGUEL WESTERBERG

DESENHO A CARVÃO - SÃO PAULO



MOÇAS NO METRO DE SP
MIGUEL WESTERBERG

DESENHO A CARVÃO - SÃO PAULO

MOÇO DE PROGRAMA - SP
MIGUEL WESTERBERG

Movimento Artistico os Globalistas - M.West

MOÇAS NO METRO DE SP
MIGUEL WESTERBERG
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De um tempo para cá tenho me interrogado do por que, que as artes plásticas entraram em ruptura, por isso mesmo, tentei entender que essa ruptura se deve as constantes mudança brusca que tem ocorrido nestes últimos anos e que muitos de nós nem se quer tem se apercebido, que entramos numa nova era, a era da globalização. Talvez exista alguém que diga isto: O que é que a globalização tem haver com arte?Para mim tem muito, afinal de contas, sou artista plástco e junto com outros artistas tenho me debatido muito, dentro e fora de mim, sobre o porquê desta ruptura, que já se faz sentir, há algum tempo. Foi assim que depois de tanto me debater sobre este mesmo tema, que decide dar, antes de tudo, um nome a este movimento artístico. Encontrei assim, um nome entre tantos outros: GLOBALISMO e creio que este nome se encaixe com perfeição, afinal de contas, há algo em mim, que me diz que a era contemporânea chegou ao fim, e que esse fim foi na verdade o fim do século XX.
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Com o fim de uma era, chega outra era, a era da globalização. Talvez muitos dos possíveis contemporâneos possam achar esta minha afirmação como sendo ridícula aos seus ouvidos, pois ninguém quer ficar para trás, eu mesmo faço parte dessa era, mas aceito que o tempo de mudança chegou e que é preciso acreditar nesta nova era. Tenho consciência que o mundo atravessa uma das piores crises de sempre, que é a de ter que aceitar que a partir de agora a globalização passa a estar na linha da frente de todos os acontecimentos.O individuo que contrariar esta vontade é o mesmo que dizer que prefere ficar pra trás, mas há alturas que podemos tomar decisões e outras vezes não, pois não somos senhores do destino. Ele, o destino, tem os seus princípios e segue os mesmos, assim como cada indivíduo segue uma determinada linha de idéias, não sabendo que essas mesmas idéias são as continuidades de novas idéias, que lentamente estão a ser geradas. Acredito no destino e sei que ele por si só, já é um todo. O destino das nações, o destino da arte pela arte, sim, o destino de cada um de nós, quando se interliga. Neste preciso momento o destino da humanidade está a ser traçado, pois se olharemos ao nosso redor, obrigatoriamente somos forçados aceitar que a tecnologia e a informática chegaram e com ela também chegou uma nova era: a era da globalização, que, a partir deagora, fica por assim dizer, ao alcance de todos. Refiro-me aqui a internete, pois ela está a proporcionar uma totalidade para todos.
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Os artistas plásticos, a meu ver, têm que acompanhar este mesmo progresso para que possam obter mais facilidade de divulgação de suas idéias, trazendo com isso mais conhecimento a nível cultural para todas as casas, já que a humanidade, muitas vezes, não tem tempo para sair e ir ao encontro da arte.Convido assim, todos os artísticos a se unirem em uma só causa: a divulgação da arte pela arte via internete, mas dentro de uma linha que proporcione e devolva aos demais o gosto pelas artes. Agora gostaria de deixar bem claro que todas as formas de artes são bem vindas, já que o que realmente importa é a mensagem que cada um dos artistas tem para transmitir...
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Seja bem vindo ao século XXI, à era da globalização! Bem vindo ao movimento dos GLOBALISTAS..
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Miguel Westerberg - Diadema – S.Paulo - 2006-04-03

segunda-feira, 3 de março de 2008

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“O retorno dos ismos” MIGUEL WESTERBERG

ACIDENTE EM SP
MIGUEL WESTERBERG
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“O retorno dos ismos”
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O artista, sempre, é tomado pelo desejo de realização e de mudanças. Suas impulsões estão voltadas a abrir novos espaços, numa aventura de abrir caminhos e horizontes. Esse desejo, às vezes, até pode ser tomado como loucura. Mas não é. Trata-se de uma irrefreável necessidade íntima de criar algo novo. Ele, o artista, é assim: um idealista sem freios e fronteiras que não pode parar, sob pena de sofrer por não poder realizar seus sonhos, praticar suas idéias, exercitar suas habilidades. É esse trabalho contínuo, seja sobre a prancheta, seja sobre as telas, seja sobre folhas em branco criando poesia ou literatura, enfim, seja de que forma for, é assim que o artista se consagra para si mesmo diante da obra perfeita e acabada, colocada ao dispor da apreciação pública para o lazer e o encanto das pessoas. Quando os artistas se unem para o compartilhamento dos objetivos comuns. Essa junção artística gera uma visão mais ampla sobre o significado da Arte, como realização de um ideal. Todos os dias, há coisas novas a ser experimentadas nos variadíssimos ramos artísticos. Só mesmo a união dos artistas sobre essas novidades gerará frutos melhores e mais utilitários em favor da Arte.
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(Guiomar baldissera)
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O retorno dos ismos - A minha amiga Guiomar me convidou para escrever um artigo expondo as mudanças que a arte vem sofrendo. Assim sendo, me prontifiquei a explicar, em poucas palavras, essas mudanças que vem transformando a arte atual do séc. XXI e a visão dos artistas de um modo geral. Para compreendê-la, de um modo mais abrangente, é necessário retroceder ao passado para termos uma noção maior de espaço e tempo para poder analisar o presente, pois é impraticável falar de algo novo sem que se tenha a consciência do por que de certas mudanças dentro de uma determinada área, principalmente quando essa área se trata da arte. Voltando então ao tempo do paleolítico, há mais de seis milhões de anos atrás, quando o principio de tudo começou a germinar, os sentimentos e a necessidade de comunicação deram origem aos primeiros traços artísticos, expostos nas cavernas, em forma de sinais, símbolos naturais e sobrenaturais, que descreviam o modo de vida de um ser que viveu em um certo espaço e um determinado tempo. Mais tarde o homem descobre as letras ainda em forma de sinais, bem visíveis no velho Egito e em outros povos da época. Com o passar dos milênios o ser humano cria a escrita e passa a tentar compreender as formas, linhas e perspectiva de fundo, a fim de transmitir através do desenho e da pintura os seus mais íntimos sentimentos, anseios, idéias e medos de forma muito mais precisa. Aparecem assim os primeiros grandes pintores: Botticelli, dando inicio aos primeiros frescos em igrejas na Itália, Miguelangelo, Leonardo da Vince, Rafael e Caravaggio dentre outros. Com o passar dos séculos surge Rembrandt, Vermer e Rubens, mas mesmo assim, a pintura ainda é algo estritamente abstrato para a maioria das pessoas, de difícil acesso, limitado aos grandes senhores, ao clero e a nobreza. É na entrada do século XIX que a arte sofre suas primeiras e grandes transformações. Em parte, devido à fotografia e ao cinema, que viabilizou a perda de um dos seus maiores monopólios: o retrato. Com a urgência de novas idéias aparece então um pintor que rompe com os padrões da pintura acadêmica, que obrigava os pintores a seguirem um padrão clássico e ao mesmo tempo teatral. Foi o pintor Millet que fez a sua primeira exposição independente em Paris no século XIX, numa pequena barraca de madeira, de frente para a maior exposição existente: a exposição mundial, que teve a torre Eiffel como a sua principal atração. Para quem não sabe, a pintura de Millet era simples, pois retratava, pela primeira vez, a classe operaria e o cotidiano de uma sociedade. Foi duramente criticado, embora tenha sido o pai da arte contemporânea, que abriu caminho para a liberdade de expressão, fundando assim o primeiro movimento artístico: o Naturalismo. Nesse mesmo século um grupo de pintores, depois de presenciar a exposição de Millet, decidiu cortar com o academismo e criar escolas independentes. A mais conhecida é a dos pintores de Barbizon, que saíram dos padrões pré-definidos e passam a pintar ao ar livre, retratando as formas da natureza. Fato que os classificaram como naturalistas. Dentre eles estão Manet, Claude Monet, Pizarro, Degas, Renoir e outros que, ao decidirem fazer uma exposição independente, foram classificados como impressionistas pela critica, devido à forma pela qual suas pinturas eram retratadas. Uma das telas mais polemica foi a de Claude Monet, com a tela impressão de sol nascente. A critica atacou de tal forma este movimento, que chegou a sair nos jornais da época em toda França.
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Depois dos impressionistas vieram os expressionistas e os cubistas, através das idéias polemicas e conturbadas de Pablo Picasso, que rompe assim, de uma vez por todas, com as formas artísticas convencionais e abre caminho para a pintura abstrata no principio do século XX, gerando vários outros movimentos, entre eles, como já foi destacado anteriormente, o expressionismo, o cubismo, o surrealismo, o dadaísmo, o realismo, o futurismo, a pop arte, o minimalismo e outros. O que estes movimentos têm de mais grandioso são as suas idéias e a conjunção do todo que se interliga para que a arte fale mais alto e enriqueça a mente e o espírito da humanidade, fazendo com que cada um destes movimentos rompa com certos tabus impostos por aqueles que ate então, tinha sobre eles, as rédeas do poder. A arte passa deste modo, a ser uma forma de exprimir os sentimentos, conforme a área de atuação de cada artista, quer seja na pintura, na musica, na literatura ou em qualquer outra forma existente de arte.
Com a entrada de um novo século, o XXI, os movimentos artísticos passaram para segundo plano, pois grande parte dos artistas tornou-se demasiadamente individualista. Para inverter esse quadro temos que levar a arte a retomar o seu percurso natural: de educar e ultrapassar fronteiras! Espero que o Globalismo seja a palavra mais precisa que se utilize para caracterizar a retomada desse objetivo principal, que faz de nós, artistas, instrumentos de viabilização para esse propósito, a fim de trazer mais conhecimento através de uma conscientização global. Quanto a mim, tenho feito um amplo esforço e estou a par de tudo que se passa aqui no Brasil, muito em especial no estado de S.Paulo, onde existe, pelo menos, dois movimentos artísticos que estão em sintonia com o mundo da globalização: os Globalistas, de Miguel Westerberg e o Zazaistas, de Susana Jardim, que tem como fonte de divulgação um jornal cultural chamado PNOB.Espero que esse artigo leve a reflexão e compreensão da arte e dos artistas e conscientize-nos de que estamos sempre em um processo de mutação. Para acompanharmos as mudanças temos que nos desprender das formas antigas e buscar o conhecimento necessário para melhor exprimirmos, através da arte, todas essas transformações em um mundo global..
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“Globalização e arte, mais que uma simples palavra”

SENSUALIDADE
MIGUEL WESTERBERG
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“Globalização mais que uma simples palavra”

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Dentre tudo que foi possível compreender cheguei a esta conclusão: a globalização existe, mas não há bases sólidas nem suportes para que ela beneficie todosMiguel Westerberg, artista plástico português, hoje reside em Diadema – SP., Miguel Westerberg tem uma ampla visão para o mundo da globalização, teve a feliz idéia de unir vários artistas, entre eles, artes plásticas, poesias e prosa, literatura e escultura, tudo que envolve a arte em geral. Para juntos divulgarmos nosso trabalho e juntos podermos mostrar a importância da arte e sua valorização. Miguel Westerberg nos fala sobre o que pensa da globalização em si.
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(Guiomar baldissera)
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Não vos orgulheis do que sabeis, pois esse saber tem limites bem estreitos no mundo e no setor artístico que atuais. Porque o artista não é pago pelo seu trabalho, mas sim pela sua visão.Globalização mais que uma simples palavra... Dentro de um universo tão vasto a palavra globalização aparece apenas para se falar de economia, mas ao analisar diversos artigos sobre o assunto, observei vários pontos que me levam as seguintes indagações: será que a globalização é apenas economia? Será que as bases da verdadeira globalização estão lançadas? Que projetos existem? Que idéias e vantagem um mero cidadão do mundo pode tirar? Dentre tudo que foi possível compreender cheguei a esta conclusão: a globalização existe, mas não há bases sólidas nem suportes para que ela beneficie todos. Após um estudo minucioso sobre os aspectos positivos e negativos da globalização, decidi escrever sobre a parte que nos atinge de forma plural e não singular como ela é economicamente tratada, de forma que a humanidade fique esclarecida e acredite que ela é mais do que um monopólio de interesses econômicos, com o intuito de deixar um legado às gerações futuras e de forma que a era da globalização não se resuma a meras palavras tais como o capitalismo centralizado, existente somente nas mãos dos poderosos que detêm o “poder”. Estou convencido e acredito que se existir uma base tanto de nível econômico quanto cultural e social, a globalização passará a ser mais significativa para todas as pessoas dentro de um curto período de tempo, pois é inegável que atingimos uma nova era, mas que estamos alheios a ela por nos manterem a parte e excluídos através dos aparelhos ideológicos de estado. Não estou convencido que a globalização pertença somente aos magistrados e potestades, acredito e tenho plena consciência que ela pertence a todos e que todos podem usufruir dela como um bem precioso a todos os níveis.
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A minha idéia é simples: reunir, conectar e nunca dispersar ou individualizar e para isso é necessário reunir um todo em todos de forma a dar corpo, forma e alma a algo que ate então é apenas uma palavra abstrata para a maioria das pessoas. O monopólio globalizado como padrão econômico, existe desde o século XIV entre os paises dominantes e que atualmente se encontra na mão do grupo denominado como G7.
Sendo assim, se considerarmos não só o aspecto econômico como também o social e cultural de forma global, levando em consideração as necessidades de todos, temos a possibilidade de descentralizar essa idéia abstrata e transforma-la em algo verdadeiramente real e plausível, pois a palavra globalização é uma das palavras mais atuais que existe e que provocam contestação a nível mundial. Tudo porque não existe um discurso positivo que edifique e traga mudanças para todos os povos. Este é apenas o principio de uma nova forma de pensamento global que nos leva a pensar e avançar rumo a um futuro bem próximo, que é inegável quando se esta bem à frente.Certamente o bom senso e o intelecto de cada um os levará a solidificar esta idéia, unificando os a esse movimento que nos leva a uma nova era que não podemos ignorar. Estou convencido que se partirmos do principio que se a palavra globalização for vista de forma positiva, passara a ser aceita e compreendida, pois quando, a principio, Karl Marx deu corpo e forma ao pensamento coletivo o povo saiu à rua e a primeira greve aconteceu, abrindo assim caminho para a democracia. A minha idéia é seguinte: abrir caminho para a globalização no sentido amplo da palavra, de forma que ela chegue ao alcance de todos.
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Os artistas plásticos, a meu ver, têm que acompanhar este mesmo progresso para que possam obter mais facilidade de divulgação de suas idéias, trazendo com isso mais conhecimento a nível cultural para todas as casas, já que a humanidade, muitas vezes, não tem tempo para sair e ir ao encontro da arte. Convido assim, todos os artísticos a se unirem em uma só causa: a divulgação da arte pela arte via internete, mas dentro de uma linha que proporcione e devolva aos demais o gosto pelas artes. Agora gostaria de deixar bem claro que todas as formas de artes são bem vindas, já que o que realmente importa é a mensagem que cada um dos artistas tem para transmitir. Seja bem vindo ao século XXI, à era da globalização! Bem vindo ao movimento dos GLOBALISTAS.
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Um dia as gerações futuras saberão que na entrada do séc. XXI, no meio do nada, a voz dos Globalistas surgiu para de novo fazer despertar arte.
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Miguel Westerberg e Guiomar Baldissera 02 Agosto 2006

CANETA PRETA - SÃO PAULO 2006

AMOR DE MÃE E FILHO
MIGUEL WESTERBERG

A arte pela arte - SÃO PAULO 2006

ANJOS BEIJANDO-SE
MIGUEL WESTERBERG
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Quanto ao fato de que vivemos numa era de grande consumismo todos nós já sabemos. Por esse mesmo motivo é que muitas das vezes alguns de nós, incluindo os artistas, tantas vezes nos confrontá-mos com essa questão... Sim, será que a pintura esta a morrer? E que papel terá ela no séc. 21? Eis duas interrogações, que acredito que não só a nossa geração como as anteriores se debateram com elas, pois cada vez que tem surgido uma corrente artística, os mesmos se têm confrontado com estas mesmas questões.Onde melhor se pode observar e obter informações sobre estes temas é na virada do séc. 19 para o séc. 20, pois foi nesses dois grandes séculos que surgiram todas as formas de ismos. Começando, é claro, como todos sabem, pelos impressionistas: Manet, Monet, Degas e outros tantos, tais como Van Gogh e Gauguin. Destes últimos nasce a idéia do expressionismo... e por ai a fora. Ate o final do séc. 20 muitas outras correntes surgiram, tais como o cubismo e o dadaísmo... Etc. Na era atual, penso que esta a acontecer o mesmo. Chamo a isto perca de identidade, pois hoje já não acontece como alguns anos atrás, que meia dúzia de artistas dava tudo por uma corrente, lutando contra todas as convenções.
Hoje, porem, já não se forma grupos e, contudo, gostaria de conhecer alguém que aceitasse esse desafio e criasse uma comunidade de artistas, onde se possa debater idéias com um só principio e fim: evoluir e dar uma oportunidade a geração seguinte.Estive a cerca de meio ano em paris apenas com um só propósito: encontrar algo novo, e o que vi foi apenas uma tão grande pobreza, pois cada vez que me aproximava para compartilhar as minhas idéias, sentia um leve ciúme e vontade se afastamento, não encontrando nada de novo, apenas arte comercial... (puro egoísmo) na Espanha pude observar o mesmo, assim como no restante da Europa por onde passei.
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Estou atualmente no Brasil, dedicando-me as artes plásticas e tenho visto algo aqui: vontade de uma possível mudança, contudo, creio que só será possível se houver uma grande união e que, acima de tudo, tenha um só propósito: continuar e dar continuidade a arte para que aqueles que um dia vierem depois de nós, possam, mesmo que enfrentando as mesmas dificuldades, ter este nosso bom testemunho... Sim, nós estivemos aqui e não nós deixamos cair em tentação, isto é, no esquecimento.Venho assim por este meio convidar todos os artistas interessados a criarem um novo ismo... Uma comunidade capaz de dizer basta ao ciúme, basta de interesses e viva esta nova era que poderá assim ser lembrada de geração em geração. Acredito que os pintores tanto brasileiros quanto estrangeiros jamais deixarão a arte morrer.
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Miguel Westerberg - 2006-03-26 – S.Paulo

CANETA PRETA - SÃO PAULO 2007

CRISTO REI
MIGUEL WESTERBERG

domingo, 2 de março de 2008

TIME - Painting by Miguel Westerberg

Painting by Miguel Westerberg





Magazine Arts - MIGUEL WESTERBERG

MIGUEL WESTERBERG

CANETA PRETA - SÃO PAULO 2007

ESTUDO PARA TELA - ANO 2007
MIGUEL WESTERBERG

DESENHO A CARVÃO - SÃO PAULO

CAFÉ NOVA LISBOA
MIGUEL WESTERBERG